O ponteiro das horas avança e destina
Sinto por dentro o sopro do deserto
a tua pele que a palidez ilumina
O teu olhar de esfinge, muito perto
Viver assim, ao contrário, desatina
tremo de acordar, de ficar desperto
minha alma tomba de uma colina,
o momento que nos resta é incerto
O tempo ouve-se cada vez mais forte
vejo-te, tesouro parado, desnorte
algo que ao acabar não mais acaba
Devo dizer-te adeus num só momento,
do deserto vem um sopro de vento:
adeus, amor, o nosso mundo desaba
. Luís Naves (perfil)
. O seguro
. Estamos aqui
. Outras escritas
. Arrastão
. Chanatas
. Jugular
. Lei Seca
. Nicotina
. O Amor nos Tempos da Blogosfera
. O Homem que queria ser Luís Filipe Cristóvão
. Quetzal