Às vezes bem deixo andar o Tempo
mas ele não sai do lugar.
Fica a girar nas linhas da mão,
à espera de acreditar.
Às vezes o Tempo é vazio,
espreita e aguarda mas nunca se deita,
é uma guitarra sem a sua janela,
estrela apagada em lugar de uma vela.
Se pudesse olhar para ontem e ser amanhã
veria os teus dedos em mim.
Se pudesse acordar de olhos fechados
para tudo o que teve fim.
Às vezes anda demais, anda depressa
o Tempo que faz a sua promessa,
leva o teu nome com ele a fugir
corre e corre sem nunca sorrir.
Às vezes o Tempo devia calar-se
em silêncio estender o seu cobertor.
O Sol sobre a cama e tu em pijama
e eu entretido com o teu sabor.
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