Quarta-feira, 9 de Dezembro de 2009

É difícil falar do amor

Parece fácil falar de amor

E há outros temas bem mais urgentes

planeta a sufocar, crises emergentes

o mar a subir, o excesso de calor

 

Pensar nas paixões, quis eu supor

daria versos pouco exigentes

ideias banais, algo incoerentes

poesia sem chama e sem ardor.

 

Soube então o que falhara em entender:

a água passada é como um rio imenso

que se impõe ao presente, temível, denso

 

Um desgosto corre sempre assim, penso

e recordá-lo de menos é esquecer:

ter amado não é ter vivido, é ainda viver

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publicado por Luís Naves às 12:49

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Segunda-feira, 7 de Dezembro de 2009

O ar nocturno

Uma flor de gelo desliza

como acontece em sonhos,

flutua entre prédios soturnos

desce ravinas artificiais

sobe um instante na maré imaginária,

soprada nas sombras da sombra.

E a certo passo desiste.

Ainda no embalo tépido do vento,

antes de se deitar na terra,

dissolve-se no ar nocturno

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publicado por Luís Naves às 12:06

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